O etanol, derivado da cana-de-açúcar, é um dos combustíveis mais promissores com relação às soluções para a mobilidade urbana e redução dos impactos ambientais como a emissão de gases que causam o efeito estufa. Isso porque se trata de um produto limpo e renovável.
O biocombustível pode ser encontrado como etanol hidratado, aquele que é disponibilizado em postos para abastecimento de veículos; anidro, que é misturado à gasolina, e fornecido ao consumidor como gasolina C.
A diferença entre eles está na proporção de água e etanol que cada um contém.
No etanol hidratado é possível encontrar 96% de etanol e 4% de água, já no anidro, conhecido também como etanol puro, a mistura com água é mínima e a composição com etanol chega a 99,6%.
O etanol se destina à indústria para a produção de perfumes, cosméticos, produto de limpeza, bebidas entre outros, além do mercado de combustíveis, sendo uma promissora alternativa para os carros movidas à bateria.
RenovaBio
A produção de etanol no Brasil, assim como demais biocombustíveis, deve dobrar nos próximos 10 anos. Essa é uma das previsões do RenovaBio – Programa Nacional de Bicombustíveis – concebido pelo Ministério de Minas e Energia. Em fase de implementação, o RenovaBio já é considerado um dos maiores programa de descarbonização do mundo e busca reconhecer o papel estratégico dos biocombustíveis na matriz energética brasileira.
Tem como objetivo estimular uma produção eficiente e sustentável dentro de um processo de substituição dos combustíveis fosseis, com foco na redução da emissão de gases que causam o efeito estufa.
Atualmente, 239 unidades produtoras de etanol, biodiesel e biometano estão certificadas pelo programa.
Produção
Mato Grosso do Sul é o quinto maior produtor de etanol no país.
Na Safra 2020/2021 foram 3,1 bilhões de litros produzidos. Desse total, 2,2 bilhões de litros foram de hidratado e 655 milhões de anidro.
No mix de produção da temporada, 72% da cana processada foi destinada para a produção de etanol, mantendo o perfil alcooleiro do Estado.