• Associadas
  • Mapa da bioenergia
  • A Biosul
    • Edital de Convocação
    • Quem somos
    • Equipe
    • Associadas
  • O setor
    • Perfil
    • Mapa da Bioenergia
  • Estatísticas
  • Vagas
  • Notícias
  • Imprensa
  • Contato

BioSul

  • Associadas
  • Mapa da bioenergia
  • A Biosul
    • Edital de Convocação
    • Quem somos
    • Equipe
    • Associadas
  • O setor
    • Perfil
    • Mapa da Bioenergia
  • Estatísticas
  • Vagas
  • Notícias
  • Imprensa
  • Contato
Opinião

Etanol se consolida – por Arnaldo Jardim

25/03/2024 às 11:27  |  por Biosul MS

Por Arnaldo Jardim / Publicado originalmente no Fórum CNN

Imagem: Divulgação

Com a aprovação do PL 4516/23, do Combustível do Futuro, que tive a honra de relatar, o percentual obrigatório de adição de etanol à gasolina poderá chegar a 35%.

Não é de hoje que o Brasil utiliza o etanol como combustível. Na década de 1920, por exemplo, um carburante conhecido como Azulina – 85% de etanol e 25% de éter-, chegou a vender 450 mil litros por ano na região Nordeste. Uma década depois, na Revolução de 30, um combustível à base de álcool e óleo de mamona foi utilizado em locomotivas e aviões pelos insurgentes paulistas. Durante a segunda guerra mundial, o biocombustível substituiu boa parte da gasolina consumida no país.

O verdadeiro impulso, entretanto, veio com a 1ª crise do petróleo, época na qual importávamos 70% do óleo consumido. Diante de um possível apagão energético, o Brasil resolveu estimular a produção e o uso do etanol – nascia o Proálcool. Um programa pioneiro no mundo, dada a sua magnitude, e que se tornou, até hoje, a melhor alternativa sustentável para substituir os combustíveis fósseis.

É certo que o programa passou por altos e baixos. Na década de 1980, era um sucesso, com 60% dos veículos vendidos eram movidos a álcool. Logo depois, com a queda dos preços do petróleo, interesse do mercado voltou-se para automóveis à gasolina e o biocombustível foi praticamente abandonado. O ressurgimento veio a partir de 2003, com a chegada da tecnologia flex e, principalmente, na esteira da discussão mundial a respeito das mudanças climáticas, que alterou o olhar sobre a política energética mundial.

Se antes, o importante era garantir um suprimento de energia em quantidade suficiente e a preços acessíveis, a discussão sobre o aquecimento global inseriu, nessa equação, a observância obrigatória dos impactos ambientais de cada fonte, de cada combustível, especialmente as emissões dos Gases de Efeito Estufa – GEE’s. E nesse contexto, o Etanol mostra o seu potencial.

Teste realizado pela Stellantis, em parceria com a Bosch, comparou 4 fontes distintas de energia utilizados por um automóvel em um percurso simulado de 240 quilômetros. Considerando o ciclo de vida completo do veículo, também conhecido como do “berço ao túmulo”, o carro à gasolina (E27) emitiu 60,64 kg CO2eq, enquanto o carro 100% elétrico carregado com energia europeia, 30,41 kg CO2eq.

O carro 100% a etanol emitiu 25,79 kg CO2eq, perdendo, nesse comparativo, apenas para um carro 100% elétrico alimentado com energia brasileira (21,45 kg CO2eq.), cuja matriz é reconhecida pela elevadíssima participação de fontes renováveis.

Essa redução pode ser ainda maior com a utilização do Etanol Celulósico, conhecido como de 2ª geração (E2G), produzido a partir de resíduos da produção, especialmente o bagaço da cana. Se o E1G reduz as emissões de GEE’s em 60% quando comparado à gasolina, o E2G é ainda mais limpo, reduzindo essas emissões para patamares acima de 90%. E tudo isso sem ocupar um único hectare a mais para o plantio.

Esse poder descarbonizante pode ser aproveitado ainda em outros modais de transporte. Obrigada a reduzir as emissões em 50% até 2050, a aviação civil aposta todas as suas fichas no Combustível Sustentável de Aviação, ou SAF (da sigla em inglês Sustainable Aviation Fuel) e uma das principais rotas de produção é a Alcohol-to-Jet, ou AtJ, que utiliza o biocombustível como matéria prima. O uso do SAF pode reduzir a pegada de carbono das operações aéreas entre 70% e 90% em comparação ao uso do querosene fóssil.

Na cadeia produtiva do Etanol ainda podem ser gerados o Biometano, que tem especial vocação para mitigar as emissões no setor de carga pesada e de equipamentos agrícolas; o Diesel Verde, um substituto drop-in do diesel fóssil; o combustível marítimo, ou biobunker; e, principalmente, o hidrogênio, considerado o vetor energético do futuro e que alimentará as células de combustíveis para além de 2050.

Não por acaso, países estão incluindo o Etanol em suas estratégias de combate às mudanças climáticas, como, por exemplo, a Índia, onde a percentagem do anidro na gasolina passará dos atuais 10% para 20% em 2024. Já são 60 os países que adotam mistura obrigatória nos combustíveis.

No Brasil, o aumento da mistura será feito de forma gradual, com previsibilidade e transparência, sempre precedido de avaliação técnica da qual participe a indústria automotiva, como o estudo que será conduzido pelo grupo de trabalho, criado pela Portaria nº 59/MME, para avaliar a viabilidade de aumentar dos atuais 27% para 30%. O principal é garantir segurança aos consumidores.

Arnaldo Jardim é Deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Economia Verde.

Compartilhe

Últimas opiniões

Ver todas

O futuro do etanol está intimamente ligado às boas práticas ambientais

As bioenergias e a prevenção na saúde pública – Por Renato Cunha

Preparando as usinas para acelerarem em 2020/21 – Por Marcos Fava Neves

  • A Biosul
    • Edital de Convocação
    • Quem somos
    • Equipe
    • Associadas
  • O setor
    • Perfil
    • Mapa da Bioenergia
  • Estatísticas
  • Vagas
  • Notícias
  • Imprensa
  • Contato
Criado por RINO3 Marketing Digital
Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Ao continuar navegando você concorda com o uso dos cookies, termos e políticas do site.
Saiba maisAceitar e fechar
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checkbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR