Documento assinado por ANFAVEA, Bioenergia Brasil, Instituto MBC Brasil e ÚNICA consolida um posicionamento técnico e estratégico para ampliar o uso de combustíveis sustentáveis e acelerar a transição energética mundial
Por Biosul

O setor brasileiro de bioenergia marcou presença nesta quinta-feira, 14 de novembro, com a entrega oficial da Carta do Acordo de Belém durante a COP30. O documento foi apresentado na tarde de hoje ao secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Renato Dutra, em um encontro realizado dentro da programação oficial da conferência. A entrega integrou a sessão especial que homenageou os 50 anos do Proálcool, marco histórico que consolidou o Brasil como pioneiro mundial na produção e no uso de combustíveis renováveis.
A carta reúne contribuições de ANFAVEA, Bioenergia Brasil, Instituto MBC Brasil e UNICA. A Biosul – Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul – integra o grupo signatário representada pela Bioenergia Brasil, que reúne as principais associações do setor no país.
O documento sistematiza recomendações destinadas a ampliar o uso de combustíveis sustentáveis nas políticas climáticas globais. Entre os pontos centrais estão o aumento significativo da produção e do consumo até 2035, a criação de políticas estáveis de mistura, o acesso ampliado a financiamentos voltados à transição energética e a necessidade de convergência internacional sobre critérios de sustentabilidade. O texto destaca ainda que avanços efetivos dependem da cooperação entre governos, indústria e organismos multilaterais.
As entidades enfatizam que o Brasil reúne condições únicas para liderar essa agenda, combinando maturidade tecnológica, escala produtiva e resultados consistentes em cadeias como etanol, biodiesel, biogás, biometano, HVO e SAF. Essas soluções estão prontas para serem ampliadas globalmente e gerar impacto imediato na descarbonização de setores mais difíceis de mitigar.
Para o presidente da Biosul, Amaury Pekelman, a entrega da carta simboliza o compromisso do setor e o papel estratégico do Brasil. “Entregar este documento na COP30 é reafirmar que o Brasil tem condições de liderar soluções reais para o clima. Mato Grosso do Sul, com sua produção diversificada e eficiente, mostra que é possível crescer, gerar energia limpa e reduzir emissões ao mesmo tempo. Agora buscamos que as nações avancem em políticas e investimentos que valorizem e expandam esse caminho”, afirma.
As entidades esperam que as recomendações contribuam para orientar negociações da COP30 e influenciar decisões dos países nos próximos ciclos de implementação climática. A expectativa é que as nações ampliem o uso de combustíveis sustentáveis, fortaleçam instrumentos de financiamento e aprofundem a cooperação internacional para difundir tecnologias de baixo carbono. Para o setor, a carta representa um avanço significativo na construção de uma transição energética global mais rápida, coerente e alinhada às soluções que o Brasil já domina.
Acesse e confira a Carta de Belém Biocombustíveis e Transição Energética:


