Somente um dos grupos em atividade no estado, a Atvos mantém 25 projetos, beneficiando 42 mil pessoas em quatro municípios
Por Anderson Viegas/G1 MS
Mato Grosso do Sul possui um parque sucroenergético com 19 plantas em operação. Juntas, essas usinas desenvolvem 77 projetos na área de sustentabilidade, sendo 55 sociais, 12 assistenciais e 10 ambientais.
O presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia do estado (Biosul), Roberto Hollanda destaca que a sustentabilidade é fundamental e uma premissa básica para o setor, que obedece a um dos marcos regulatórios mais complexos do mundo.
Setor sucroenergético de Mato Grosso do Sul desenvolve 77 projetos na área de sustentabilidade, sendo 10 ambientais — Foto: Anderson Viegas/G1 MS Setor sucroenergético de Mato Grosso do Sul desenvolve 77 projetos na área de sustentabilidade, sendo 10 ambientais — Foto: Anderson Viegas/G1 MS
Segundo Hollanda, o expressivo crescimento que o estado registrou nos últimos dez anos no setor sucroenergético foi ancorado no tripé de viabilidade econômica, justiça social e responsabilidade ambiental.
Na área social, por exemplo, a Atvos um dos principais grupos sucroenergéticos de Mato Grosso do Sul, com três plantas em operação em Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante e Costa Rica, e segunda maior produtora de etanol do Brasil, desenvolve desde 2009 o Programa Energia Social.
Por meio do programa, atualmente o grupo desenvolve 25 projetos nos municípios de Nova Alvorada do Sul, Costa Rica, Glória de Dourados e Deodápolis, beneficiando 42 mil pessoas.
“Nosso grande desafio é entender a realidade e a necessidade dos municípios onde estamos presentes. Investimos no desenvolvimento de projetos que melhorem as condições socioeconômicas e ambientais das regiões onde atuamos. É gratificante ver o projeto andar com suas próprias pernas depois de tanto tempo, eles viram autossustentáveis”, explica Genésio Lemos Couto, vice-presidente de Pessoas, Sustentabilidade e Comunicação.
Em Nova Alvorada do Sul, por exemplo, o Energia Social tem forte atuação nas comissões temáticas de Educação; Saúde, Segurança e Preservação Ambiental; Atividades Produtivas e Cultura, que tem o papel de propor projetos relevantes para o município.
Entre os destaques do programa no município estão, conforme a empresa, a qualificação profissional com cursos de:mecânico, soldador, caldeireiro, operador de tratores agrícolas e colhedora de cana, eletricista , técnicas de vendas, análise e planejamento financeiro, gestão de pessoas, atendimento ao cliente, gestão ambiental, confeitaria, corte e costura industrial, instalador hidráulico e informática, entre outros.
Na educação ambiental trabalha nas atividades de educação ambiental direcionada para professores, além de difundir princípios, valores e práticas para a implantação da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos no município.
Também desenvolve ainda o projeto do ponto de cultura, que é considerada a primeira construção sustentável de Nova Alvorada do Sul. Possui tecnologias que envolvem uma perfeita integração com o meio ambiente, como captação da água de chuva para reutilização, tratamento biológico de água, materiais recicláveis e eficiência energética.
Já em Costa Rica a empresa aponta que o Energia Social tem forte atuação nas comissões temáticas de Educação; Saúde, Segurança e Preservação Ambiental; Atividades Produtivas e Cultura, que tem o papel de propor projetos relevantes para o município. O destaque dentre as comissões vai para “Saúde, Segurança e Preservação Ambiental”, que possui projetos autossustentáveis e reconhecidos na região.
Em 2018, a Atvos implementou o Programa nos municípios de Glória de Dourados e Deodápolis. Durante os meses de junho, julho e agosto deste ano, foram realizadas uma série de entrevistas estruturadas e individuais, onde cerca de 42 pessoas da sociedade civil, comunidade e governo local, levantaram dificuldades e prioridades para o município no momento.
Além disso, foi realizado um estudo de dados econômicos, sociais, financeiros e ambientais por uma empresa parceira que, consolidou todas as informações coletadas e desenvolveu um ecomapa dos dois municípios.
Em Glória de Dourados, além da chegada do programa, um novo projeto foi implementado (Reativação da Banda Marcial). O projeto dará vida novamente à banda da cidade e com isso, resgatará a cultura da comunidade e oferecerá atividades musicais para as crianças da região. A inauguração do projeto deve ocorrer no segundo semestre deste ano.
Já no município de Deodápolis, por meio do programa um novo projeto foi implementado (Cinema Itinerante). Ele oferecerá cultura e entretenimento para a comunidade e região. Sua inauguração deve ocorrer também no segundo semestre deste ano.
Ainda na área social, outra indústria sucroenergética de Mato Grosso do Sul também desenvolve um trabalho que é referência no estado. A Energética Santa Helena, por meio da Fundação José Silveira Coutinho implementa o projeto Anjo da Guarda em Nova Andradina.
A iniciativa oferece atendimento sócio-educativo para 230 crianças e adolescentes, entre 4 e 16 anos de idade, dependentes dos funcionários da Energética Santa Helena ou que estão em situação de vulnerabilidade social.
Crianças atendidas pelo projeto Anjo da Guarda, em Nova Andradina, da Energética Santa Helena. — Foto: Energética Santa Helena/Divulgação Crianças atendidas pelo projeto Anjo da Guarda, em Nova Andradina, da Energética Santa Helena. — Foto: Energética Santa Helena/Divulgação
O atendimento do projeto Anjo da Guarda é totalmente gratuito, acontecendo de forma planejada e contínua em dois períodos, matutino e vespertino, sempre no horário contrário ao da escola formal, sendo que estar freqüentando a escola é um dos pré-requisitos para que o educando seja matriculado no projeto.
Com ações voltadas para realização dos direitos sociais básicos, o projeto oferece atendimento odontológico, médico e psicológico, bem como, orientação às famílias em temas pertinentes a área. Oferece também o Programa de Aprendizagem Profissional com o curso de “Rotinas Administrativas” o qual está devidamente registrado no Ministério da Economia. Este se destina aos jovens de 15 a 16 anos de idade, encaminhando-os para o mercado de trabalho.
Crescimento econômico
No aspecto econômico, um exemplo do crescimento do setor é que o estado encerrou a safra 2018/2019 como terceiro maior produtor brasileiro de etanol, ficando atrás somente de São Paulo e Goiás. O volume frente ao ciclo anterior saltou de 2,63 bilhões de litros para 3,27 bilhões de litros, conforme a Biosul.
Com o volume de produção atingido neste ciclo, se fosse um país, Mato Grosso do Sul, conforme dados da Associação dos Produtores Combustíveis Renováveis dos Estados Unidos, a RFA – Renewable Fuels Association, de 2018, seria o quinto maior produtor mundial de etanol. Apenas os Estados Unidos (com 60,79 bilhões de litros), o Brasil (com 29,98 bilhões de litros), a União Europeia (5,41 bilhões de litros) e a China (3,97 bilhões de litros) fabricariam uma quantidade maior do biocombustível.
Setor sucroenergético de Mato Grosso do Sul desenvolve 77 projetos na área de sustentabilidade, sendo 10 ambientais. — Foto: Anderson Viegas/G1 MS Setor sucroenergético de Mato Grosso do Sul desenvolve 77 projetos na área de sustentabilidade, sendo 10 ambientais. — Foto: Anderson Viegas/G1 MS
Mato Grosso do Sul, de acordo com as informações da RFA, produziu nesta temporada um volume maior de etanol do que países como o Canadá, a Tailândia, a Índia e a Argentina.
Do etanol processado no estado 76%, o equivalente a 2,40 bilhões de litros foram do tipo hidratado, que é vendido nas bombas dos postos de combustíveis, enquanto que outros 24%, foram do anidro, que é misturado na proporção de 27,5% a gasolina.
Do etanol “Made in MS”, 90% é vendido para outros estados, como São Paulo, Paraná e Minas Gerais, e o restante é comercializado em âmbito local. No mercado sul-mato-grossense, o biocombustível tem uma fatia de 16% nas vendas de combustíveis para veículos do chamado ciclo otto, que são aqueles que utilizam etanol ou gasolina.
Na safra passada, das 19 usinas em operação em Mato Grosso do Sul, 10 produziram açúcar, conforme a Biosul. Todas processaram o produto bruto, chamado VHP, 3 produziram o cristal e 2 o refinado. O volume processado chegou a 947 mil toneladas, 36,5% menor que as 1,492 milhão de toneladas do ciclo anterior. Mesmo com a queda, o estado fechou o ciclo como o uinto maior produtor brasileiro.
Do açúcar processado no estado, 74% são do tipo VHP, 24% do cristal e 2% do refinado. Do volume fabricado, 76% é destinado a outros estados e países e somente 24% ficam no mercado interno. Em 2018, o estado exportou 615 mil toneladas de açúcar, 55% a menos que 2017. A receita alcançada com o alimento no ano passado chegou a US$ 177,5 milhões, 65% abaixo do ano anterior, o que representou 3,1% de participação no ranking de exportações de Mato Grosso do Sul.
Além do etanol e do açúcar, outro produto ganhou espaço no setor no estado, a bioeletricidade. Todas as unidades em operação no estado cogeraram, utilizando o bagaço que sobra do processamento do biocombustível e do alimento para produzir sua própria eletricidade. Um grupo de 12, além do consumo próprio disponibilizou energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
Foram exportados 2.568 GWh em 2018, o que representou um crescimento de 3,5% em relação a safra passada. Essa quantidade é bem maior do que todo o consumo residencial do estado, que em 2017 ficou em torno dos 1.792 GWh. Na média, Mato Grosso do Sul é o maior exportador de bioeletricidade por tonelada de cana moída.
Conforme a Biosul, o estado terminou a safra 2018/2019 como o quarto maior produtor de cana-de-açúcar do país. O volume chegou a 49,5 milhões de toneladas, recorde na história do estado, o que representou um incremento de 5,4% frente as 46,9 milhões de toneladas da temporada 2017/2018. Esse volume foi atingindo com a colheita de 648,8 mil hectares. A quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) – indicador que reflete a qualidade da cana, atingiu os 132,2 quilos por hectare, um discreto aumento de 2,74% em relação ao rendimento do ciclo anterior.
Expectativa de maior crescimento
Com o status de um dos maiores players do mercado nacional, o setor aguarda com expectativa a implementação pelo governo federal da Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio.
Entre outras medidas, o RenovaBio, pretende estimular a ampliação da participação dos biocombustíveis na matriz energética brasileira, possibilitando que o país cumpra os compromissos de descarbonização que o país assumiu na COP 21 [Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, realizada em Paris, em 2015].
“A adesão ao RenovaBio vai ser voluntária. E as usinas que forem participar vão ter de ser certificadas. Elas vão ter de prestar uma série de informações, detalhando aspectos das áreas agrícola e industrial e vão receber uma nota. Quando venderem o etanol para as distribuidoras, essa comercialização vai gerar o Crédito de Descarbonização (CBIO), que vai levar em conta a nota das usinas. O CBIO será vendido nas bolsas e vai representar mais caixa para as usinas, que por conta disso vão querer ser cada vez mais eficientes e sustentáveis, para que tenham uma nota melhor. E quem vai comprar os créditos. As distribuidoras. Elas vão ter metas de descarbonização. Dependendo da quantidade de combustíveis fósseis que comercializarem vão ter de adquirir CBIO para compensar”, vem reiterando o presidente da Biosul.
Hollanda aponta que esse é um momento importante para as usinas aderirem. “Considerado o maior programa de descarbonização do mundo, o RenovaBio vai exigir um envolvimento operacional por parte de todas as usinas do país e aqui em Mato Grosso do Sul não é diferente, todas as unidades já se movimentam para aderirem ao programa”.
Ele destacou que nesta participação, a questão da eficiência ambiental será um fator determinante na nota das unidades produtoras no RenovaBio. “Quanto mais eficiente o processo produtivo de uma usina, melhor será a nota de eficiência energética ambiental dentro do programa. É preciso entender os processos e explicar isso para os gestores e também para as equipes de operação”.
Sustentabilidade na área ambiental
Na área ambiental, um dos fatos, conforme a Biosul, que demonstra que o crescimento que o setor sucroenérgetico registrou nos últimos ano no estado vem ocorrendo de maneira sustentável, é que a área cultivada na safra passada, 716,8 mil hectares, o equivalente a um quarto da área de soja, por exemplo, representa somente 2% da área total do estado, cerca de 35,7 milhões de hectares, e que a incorporação de novos campos de plantio da cana vem ocorrendo principalmente em antigas pastagens com algum estágio de degradação.
“As áreas ocupadas com pelo setor já eram antropizadas, ou seja, com percentual zero de desmatamento. Nossa atividade proporciona, desse modo, a recuperação de áreas subutilizadas e a correção de solos degradados e em processo de erosão”, apontou o presidente da Biosul.
Conforme a Biosul, o estado terminou a safra 2018/2019 como o quarto maior produtor de cana-de-açúcar do país. — Foto: Anderson Viegas/G1 MS Conforme a Biosul, o estado terminou a safra 2018/2019 como o quarto maior produtor de cana-de-açúcar do país. — Foto: Anderson Viegas/G1 MS
Conforme a Biosul, o estado terminou a safra 2018/2019 como o quarto maior produtor de cana-de-açúcar do país. — Foto: Anderson Viegas/G1 MS
Além das vantagens ambientais, o setor sucroenergético de Mato Grosso do Sul é um dos principais geradores de emprego na área industrial e agrícola no estado. Em 2018 ofereceu a melhor média salarial da indústria (acima de 10 mil funcionários), com o valor de R$ 3.002,51 e a segunda melhor média salarial na agricultura (Rais/Caged 2018), com R$ 2.473,62.
“O fato das unidades agroindustriais se localizarem no interior do Estado, faz do setor um impulsor do desenvolvimento local em pelo menos 39 municípios, com geração de emprego e renda de qualidade, contribuindo diretamente para a qualidade de vida da população em torno das usinas”, destaca o presidente da Biosul.
Reafirmam a avaliação da entidade dados de seis municípios do estado que contam com unidade sucroenergética. Em Angélica, por exemplo, em um período de três anos, houve um aumento de 627% no PIB per capita. Já em Ivinhema, ocorreu um incremento de 139% no PIB do comércio e dos serviços. Em Nova Alvorada do Sul, o salto foi de 1.557% na arrecadação do ISS. Em Chapadão do Sul, elevação de 141% no PIB do comércio e dos serviços e em Nova Andradina, um aumento de 357% no PIB da agricultura.
No início de 2019, levantamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) apontou que duas cidades do estado, Nova Alvorada do Sul e Rio Brilhante, estavam entre as dez que registraram o maior crescimento no grupo dos 100 municípios que são os principais produtores agropecuários do país. As duas foram alavancadas pela produção do setor sucroenergético.
Segundo o ministério, que baseou seu trabalho na variação do Produto Interno Bruto (PIB) municipal apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre 2014 e 2016 e também em dados da Produção Agrícola Municipal (PAM), Nova Alvorada do Sul registrou uma taxa de crescimento neste período de 25,61%, a sexto maior do grupo, e Rio Brilhante, de 22,18%, a nono.
Em Nova Alvorada do Sul o principal produto agropecuário é a cana-de-açúcar. O município tem uma planta instalada do grupo Atvos, a usina Santa Luzia, que processa essa matéria-prima, e tem, conforme dados do IBGE, uma área plantada com a cultura de 90,9 mil hectares. Também cultiva 22 mil hectares com milho segunda safra e 28,2 mil hectares com soja.
Já em Rio Brilhante o destaque é a soja, com o cultivo de 110 mil hectares. Na sequência aparece o milho segunda safra com 90 mil hectares e em terceiro a cana-de-açúcar, com 89,6 mil hectares. O município contra com três usinas sucroenergéticas em operação, duas do grupo Biosev: Passa Tempo e Rio Brilhante e uma da Atvos, a Eldorado.
Processo produtivo também é sustentável
O presidente da Biosul destaca que o próprio processo produtivo do setor sucroenergético é totalmente voltado para a sustentabilidade. Primeiro, com a mecanização, de praticamente 100% da colheita no estado, com os compromissos para aperfeiçoar as condições de trabalho na colheita da cultura e também com a utilização de praticamente tudo o que sobre do processo produtivo. A vinhaça, por exemplo, é usada para fertirrigar lavouras ou para a produção de biogás. O bagaço é destinado a cogeração de bioeletricidade e até mesmo a torta dos filtros tem como destino virar adubo dos canaviais.
Outro aspecto importante é que um dos principais produtos do setor, o etanol, é um biocombustível, que reduz substancialmente as emissões de gases do efeito estufa, quando comparados com o uso de combustíveis fósseis, como a gasolina, por exemplo.
“As medições das emissões dos gases de efeito estufa (GEE) não se considera mais somente o que o carro consume, mas no ciclo todo, da produção do combustível até o consumo final, é o chamado conceito do poço à roda. Utilizando esse conceito, quando se usa um carro elétrico, muitos estão pensando que estão salvando o mundo, mas não pensam de onde vem a energia elétrica que eles estão usando para abastecer esse veículo. Em alguns países da Europa, vem do carvão, ou seja, estão varrendo a sujeira para debaixo do tapete do vizinho. Vai abastecer uma frota inteira de veículos elétricos onde? Cadê a energia para termos uma frota totalmente elétrica”, diz.
Até mesmo o que seria resíduo é reutilizado pelo setor, como a vinhaça, na fertirrigação. — Foto: Anderson Viegas/G1 MS Até mesmo o que seria resíduo é reutilizado pelo setor, como a vinhaça, na fertirrigação. — Foto: Anderson Viegas/G1 MS
Com esse contexto, Hollanda projeta uma perspectiva positiva para o etanol no futuro.”O que a indústria acredita para um futuro é a célula de combustível. Um motor que quebra a molécula de hidrogênio e nesse processo gera energia elétrica que move um motor elétrico. Aí não precisa de bateria. Então seria um carro elétrico sem bateria. Resolve a questão da bateria. Qual o problema então? Tem que andar com um tanque de hidrogênio, que é caríssimo. Qual foi a solução, que já foi inventada, inclusive. Os carros ganham um reformador. Com isso, o veículo é abastecido com etanol, o combustível passa por uma espécie de peneira molecular e saí somente o hidrogênio, que é o que o carro vai precisar”.