Evento reuniu pesquisadores, entidades e profissionais do setor sucroenergético para falar sobre pragas e doenças da cana-de-açúcar
Por Embrapa e Biosul
O 6º Ciclo de Seminários Agrícolas Cana MS 2021 teve seu 1º Seminário deste ano em 24 de junho com o tema “Pragas e Doenças da Cana-de-Açúcar”, em formato virtual (https://youtu.be/sRDG9ATJ7Rw), no Canal da Embrapa no YouTube. O evento é uma promoção e realização da Embrapa Agropecuária Oeste, com organização da TCH Gestão Agrícola e apoio institucional da Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul), Sulcanas, Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Global Cana e Coplacana. Os temas são escolhidos a partir das demandas do setor sucroenergético.
José Trevellin Júnior, da TCH Gestão Agrícola, disse que esse é um evento que atende a expectativa do setor canavieiro, seja das usinas, sejam fornecedores de cana. “Fazemos uma coleta de informações com um conselho de colegas para saber o que querem ouvir e desenvolvemos os temas e convidamos palestrantes para trazer para vocês”, explicou.
Cesar José da Silva, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, pontuou que é o negócio da Embrapa gerar tecnologia, informações, conhecimentos “e realizar a transferência e a difusão dessas tecnologias e conhecimentos para o setor produtivo, em prol da agricultura brasileira e toda a sociedade”.
O chefe geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato de Oliveira, lembrou que o Seminário foi realizado presencialmente na Embrapa por cinco anos consecutivos. “Me sinto à vontade para dizer, mesmo virtualmente, sejam bem-vindos à Embrapa, à casa de vocês, à casa do momento de discussão sobre esse importante setor, o sucroenergético”.
Oliveira destacou a importância da Biosul no estímulo para que a Embrapa Agropecuária Oeste atuasse nesse setor. Quanto ao evento virtual, ele afirmou que as parcerias se consolidaram. “O evento é a oportunidade de troca, de levantar os problemas, buscar formas de resolver esses problemas. Temos feito isso enquanto Embrapa ao longo desses seis anos, desde que começamos a trabalhar no setor”.
Enfatizou que Mato Grosso do Sul conseguiu encerrar o ano de 2020/2021 com acréscimo de moagem de cerca de 3%, em área de 655 mil hectares de área colhida, mesmo em meio às dificuldades geradas pela pandemia. Com expectativa que haja outro acréscimo para 2021/2022. Falou também sobre os trabalhos do Centro de Pesquisa para colaborar com o trabalho da Semagro com o projeto “Estado Carbono Neutro”, sendo as pesquisas da cana-de-açúcar uma das maneiras para esta ação.
Roberto Hollanda Filho, presidente da Biosul, destacou que o setor viveu um ano positivo em 2020. “Tivemos o primeiro ano do RenovaBio, que funcionou muito bem, e agora o Governo Federal lançou o programa Combustível do Futuro, que dá um novo ânimo para o futuro do setor. No mercado, o preço do açúcar vai muito bem e o álcool tem remunerado razoavelmente bem. Com isso, no ambiente político, em termo de governo, é um momento positivo para o setor”, ressaltou.
Hollanda reforçou ainda sobre o importante papel do evento. “Esse encontro ajuda nossas Associadas a fazerem a nossa parte. Temos o desafio do clima para a área agrícola que é como vencer esse período de seca que deixou todo mundo preocupado e que atrapalhou a nossa produtividade, considerando esse o maior desafio da safra, mas está aí nosso papel de difundir tecnologia, compartilhar as coisas novas que estão acontecendo. É para isso que serve esse novo seminário, com essa nova edição”, finalizou.
Rogério Thomitão Beretta, superintendente da Semagro, disse que a parceria entre a iniciativa privada e a pesquisa para fazer difusão de tecnologia “é a alma do agronegócio do Brasil. Cada vez mais, temos que promover esse tipo de palestra, de treinamento, porque é fundamental levar as demandas da classe produtora para os pesquisadores e trazer dos pesquisadores aquilo que tem de mais moderno para os produtores”. Ele falou também de outras parcerias com que o governo do estado do MS, por meio da Semagro, possui com a Embrapa Agropecuária Oeste, como na área de agricultura familiar, de manejo e conservação de solo, clima. “As parcerias são inúmeras e temos que mantê-las constantemente”.
Ressaltou ainda a importância da organização existente na pesquisa por meio da Embrapa, nas indústrias por meio da Biosul e nos fornecedores por meio da Sulcanas. “É a nossa energia verde tão importante e tão falada para a sustentabilidade no nosso país e a cana-a-açúcar representa com muita propriedade aqui em Mato Grosso do Sul”. Dentro do tema do evento, Beretta ressaltou que o Governo do Estado fomenta também o Manejo Integrado de Pragas (MIP), tema do 1º Seminário do Cana MS.
O presidente da Sulcanas, Alexandre Garcia, disse que a Sulcanas representa 40 fornecedores em MS, em torno de 5 milhões de toneladas de cana, e que na próxima safra esperam atingir 6 milhões de toneladas. “Acreditamos que esses eventos são de suma importância, principalmente se for pensar neste ano que estamos tendo melhoras significativas nos preços do Consecana.”
“Particularmente, a melhor maneira de a gente melhor nossa competitividade, nossos resultados e reduzir nossos custos de produção é aumentando produtividade. E essa questão vai direto nesse tipo de evento, para aumentar nosso conhecimento ter troca de ideias, e conseguir esse incremento de produtividade para gente melhorar os custos de produção”, completou Garcia na abertura do evento.