Além de fomentar uma produção sustentável e a partir de uma fonte renovável (cana-de-açúcar), os investimentos devem contribuir para a geração de emprego na região sudoeste do Estado
Com informações da Agência de Notícias BNDES
A Usina Laguna, produtora de etanol hidratado em Batayporã (MS), investirá cerca de R$ 80 milhões na ampliação da produção do biocombustível e aumento da cogeração de bioeletricidade a partir do bagaço da cana-de-açúcar para consumo na rede nacional de energia elétrica. O projeto é financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O projeto de investimentos destinará 75% dos recursos na ampliação da capacidade de moagem de cana para até 1,5 milhão de toneladas/ano e de estocagem de etanol, de 30 mil para 50 mil m³ e no aumento da capacidade de cogeração de energia elétrica a partir do bagaço da cana. A empresa aplicará também em renovação e ampliação 2,97 mil hectares de canavial.
Com relação a cogeração de bioeletricidade, a usina, que já produz energia elétrica a partir do bagaço da cana para consumo próprio, deve aumentar sua capacidade de produção em até 30 Megawatts (MW), quantidade que atende até 15 mil residências. A expectativa é iniciar o fornecimento dessa energia elétrica para o Sistema Integrado Nacional (SIN) em 2022.
Além de fomentar uma produção sustentável e a partir de uma fonte renovável, os investimentos devem contribuir para a geração de emprego na região sudoeste do Estado. Atualmente, a usina emprega 660 colaboradores. Com os novos investimentos, esse número deve chegar a 741, ou seja, 80 novas vagas de trabalho.
De acordo com o Chefe do Departamento do Complexo Agroalimentar e de Biocombustíveis do BNDES, Mauro Mattoso, o projeto de investimentos da unidade estão alinhados aos programas da instituição. “O projeto apoiado está alinhado ao Plano Trienal do Banco, pois visa ao aumento de produtividade, da competitividade e do emprego, integrando inovação, exportação, empreendedorismo e descarbonização por meio da ampliação e da modernização da usina”, explica.
O diretor comercial da Usina Laguna, Romildo Cunha, reforçou a importância dos recursos. “O apoio do BNDES será essencial para o crescimento da Usina Laguna. São investimentos relevantes em expansão da nossa capacidade de moagem e produção de etanol, além de podermos adicionar ao nosso portfólio de produtos a cogeração e exportação de energia elétrica”. A operação também terá impacto positivo na cadeia industrial brasileira, uma vez que recursos do Banco serão utilizados na aquisição de equipamentos intensivos em tecnologia de fabricação nacional
“O projeto também será importante para fomentarmos a expansão do setor sucroenergético e da energia renovável no Mato Grosso do Sul, com geração de empregos, impostos e incentivo aos fornecedores e parceiros locais”, complementou Cunha.