As fontes de energias renováveis são responsáveis por 79,6% da matriz elétrica do Estado, sendo uma delas a biomassa da cana-de-açúcar

Por Assessoria de imprensa/Biosul

A Biosul, juntamente com a Fiems e a Asumas, firmaram compromisso com o Governo de Mato Grosso do Sul para promoção e desenvolvimento do Programa Estadual de Incentivo ao Desenvolvimento das Fontes Renováveis de Produção de Energia Elétrica – MS Renovável.

O objetivo é estimular a implantação e ampliação de sistemas geradores de energia a partir de fontes renováveis, como eólica, termossolar, fotovoltaica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, biogás, hidrogênio, entre outras fontes alternativas.

A parceria foi selada com a assinatura de um termo de cooperação entre a partes durante o lançamento do programa MS Renovável. O evento aconteceu nesta terça-feira (7), no auditório do Imasul, em Campo Grande (MS).

Para o Presidente do conselho da Biosul, Amaury Pekelman, o termo reforça o compromisso da entidade em contribuir com políticas públicas que buscam incentivar a produção de energia limpa a partir de fontes renováveis. “Mato Grosso do Sul dá mais um importante passo na criação desse plano que reconhece a papel estratégico dos renováveis em sua matriz elétrica, a exemplo da bioeletricidade produzida a partir da cana-de-açúcar. Além dos ganhos ambientais com políticas públicas como essa, estamos falando também de mais emprego e renda”, destacou.

Atualmente, as fontes renováveis são responsáveis por 79,6% da matriz elétrica do Estado, sendo uma delas a biomassa da cana-de-açúcar. Além do açúcar e etanol, desde 2009 as indústrias sucroenergéticas, que até então produziam energia elétrica para consumo próprio, passaram a exportar bioeletricidade para a rede nacional. “Mato Grosso do Sul já é referência na produção de energia limpa e renovável, ainda assim o setor vê oportunidades a exemplo da bioeletricidade, do biogás e outras”, pontuou Pekelman.

O MS Renovável está inserido nas ações desenvolvidas dentro do projeto MS Carbono Neutro que tem como meta de tornar-se um estado neutro em emissões até 2030. Para o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, o Estado é um protagonista na era da energia limpa. “Temos um compromisso e está alinhado com o plano estratégico de governo. Após a alteração da lei da geração de energia, agora podemos avançar e atrair projetos de grande porte”, afirmou durante apresentação do diagnóstico do setor energético no Estado.

Biogás em MS

A produção de Biogás e Biometano a partir da vinhaça, subproduto da cana-de-açúcar, já é uma realidade em Mato Grosso do Sul. O projeto dessa fonte alternativa e sustentável de energia elétrica e combustível desenvolvido pela Adecoagro, na unidade Ivinhema (MS), foi um dos cases apresentados durante o lançamento do MS Renovável.

Segundo o vice-presidente da companhia, Renato Junqueira Santos Pereira, os primeiros estudos foram iniciados em 2010 em parceria com a empresa Methanum, “mas foi em 2018 que iniciamos a produção de Biogás, após construção de um biodigestor com capacidade de produzir até 500 Nm³/h. Dois anos depois, iniciamos a produção de energia térmica a partir do Biometano”, explicou o executivo.

A projeção da empresa, até o final de 2023, é duplicar a produção de Biogás. A companhia planeja ainda aumentar a quantidade de veículos movidos a combustível fóssil adaptados e convertidos para Biometano e implementação da geração distribuída a partir do Biogás.

 A capacidade de produção da unidade pode chegar a 4,2 milhões de Nm³/ano e 275 Nm³/ano, de Biogás e Biometano, respectivamente.